15/01/2019

Semaphore: arquitetura sustentável em uma utopia ecológica proposta por Vincent Callebaut

Em seu mais recente projeto de arquitetura sustentável, a Vincent Callebaut Architectures desenvolveu uma espécie de utopia ecológica, um edifício de 8.225 metros quadrados destinado a abrigar a sede da Soprema na cidade de Estrasburgo, na França. O edifício, chamado de Semaphore, é descrito pelos arquitetos como um “amplo espaço verde e flexível para o trabalho em equipe”, voltado especialmente ao bem-estar dos funcionários e à agricultura urbana.

Através de sua arquitetura sustentável e eco-futurista, os arquitetos buscaram inspiração na biomimética com o principal objetivo de transformar o edifício do Semaphore em um ícone da arquitetura eco-futurista, além de servir como uma vitrine para a empresa e toda a sua linha de produtos de isolamento, impermeabilização e tecnologias voltadas à sustentabilidade na construção civil. O projeto desenvolvido pela equipe de Vincent Callebaut será um protótipo ecológico da cidade verde do futuro a medida que busca encontrar o equilíbrio perfeito entre o homem e a natureza, de acordo com o ArchDaily.

No centro do edifício, há um fóssil de mamute exposto dentro de um cubo de vidro, o metafórico coração da Soprema. Dentro deste elemento monumental de vidro, com seus 24 metros de altura, o esqueleto do mamute pode ser visto a partir dos quatro cantos do terreno, uma vez que foi implantado no encontro dos dois eixos fundamentais do edifício.

Cortesia de Vincent Callebaut Architectures

Cortesia de Vincent Callebaut Architectures
 

No interior do edifício, flexibilidade e adaptabilidade falam mais alto. Projetado para se ajustar à estrutura formal da empresa, todos os funcionários do mesmo departamento poderão trabalhar livremente e em equipe em um mesmo pavimento, mas sem um layout prescrito e sim uma organização bastante flexível, sem lugares predefinidos ou mesas individuais. "Bolhas" para reuniões foram integradas ao layout, elas permitem pequenos momentos de privacidade e recolhimento quando necessário. A circulação vertical foi projetada como um grande átrio para ser naturalmente iluminada e ventilada, com espaços para encontros informais e atividades recreativas além do espaço necessário para uma eficiente circulação dos funcionários em suas atividades diárias.

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Cortesia de Vincent Callebaut Architectures

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Esforçando-se ao máximo para integrar-se à natureza em todos os momentos, a arquitetura do edifício aproveita de sua localização à beira d'água para incorporar uma nova marina e grandes terraços verdes em cascata, inspirados nos campos de plantação de arroz aonde os funcionários da empresa podem aproveitar as vistas ensolaradas voltadas para o sul. Também para o benefício dos funcionários, o espaço verde do edifício inclui hortas urbanas, estufas e pomares. Todos os caminhos convergem para a ágora, o epicentro deste projeto desde onde é possível acessar a todas as áreas comuns do edifício.

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Cortesia de Vincent Callebaut Architectures

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Além desta "fazenda urbana" que configura a arquitetura do edifício, o Semaphore incorpora várias outras estratégias inovadoras para compensar seu consumo de energia e produção de carbono. O projeto desenvolvido para a Soprema inclui a plantação de novas 10.000 árvores, arbustos e espécies nativas da região de Estrasburgo, fixando uma enorme quantidade de gás carbônico. A densa vegetação também servirá para combater o efeito de ilha de calor, enquanto recupera a água da chuva e serve para filtrar as águas cinzas produzidas pelo edifício. Além disso, estratégias passivas foram incorporadas ao projeto, bem como um sistema fotovoltaico e térmico na cobertura, um parque eólico vertical e uma usina de mini-biomassa. Os materiais utilizados na construção serão rastreados de "berço ao berço" (cradle-to-cradle) e escolhidos para otimizar a qualidade do ar e as condições de conforto no interior do edifício.

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Cortesia de Vincent Callebaut Architectures

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Uma visão ambiciosa e otimista para o futuro. O projeto desenvolvido para a sede da Soprema utiliza a arquitetura como uma ferramenta para apresentar ao mundo os seus produtos e também a sua visão de mundo, contribuindo com o meio ambiente de forma eficiente e didática para com os seus funcionários.

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